52% dos brasileiros isentam Bolsonaro por mortes na pandemia, diz Datafolha

Compartilhe

Foto: AP Photo/Eraldo Peres

Para 52% dos brasileiros, Jair Bolsonaro (sem partido) não é diretamente responsável pelas mais de 181 mil mortes causadas pela Covid-19 no Brasil. É o que aponta uma pesquisa Datafolha divulgada na noite deste domingo (13).

Segundo a pesquisa, portanto, a maioria dos brasileiros acredita que Bolsonaro não tem nenhuma culpa pelo alto número de mortes no país (apenas os Estados Unidos registram mais mortes que o Brasil pelo vírus). 38% veem Bolsonaro como um dos culpados, mas não o principal. 8% afirmaram que ele é o principal culpado pelas mortes.

Bolsonaro é criticado mundialmente pela sua gestão durante a pandemia. Desde o início da crise sanitária, o presidente minimizou a gravidade da doença, que causou mais de 1,6 milhão de mortes em todo o planeta e abalou a economia global.

Recentemente, Bolsonaro afirmou que o Brasil deveria “deixar de ser um país de maricas” e, apesar da nova alta de número de casos, disse ver o país no “finalzinho da pandemia”.

As falas não contribuíram negativamente para a avaliação de Bolsonaro, segundo a pesquisa. Em agosto, eram 47% os que consideravam que ele não tinha culpa nenhuma pelos óbitos da Covid-19.

42% avaliam gestão como “ruim ou péssima”

Apesar de receber a isenção da maioria dos brasileiros, a pesquisa mostra que 42% da população avalia como ruim ou péssima a atuação do presidente durante a pandemia. 27% consideram regular e 30% avaliam como ótima ou boa

Bolsonaro tem sua avaliação pior entre as mulheres (47% delas consideram sua atuação ruim ou péssima, contra 35% dos homens).

Segundo a pesquisa, 53% dos entrevistados acreditam que o Brasil não fez o que era preciso para evitar o alto número de óbitos causados pela pandemia.

A pesquisa foi realizada entre 8 e 10 de dezembro com 2.016 brasileiros adultos em todas as regiões e estados do país, por telefone, com ligações para aparelhos celulares (usados por 90% da população). A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Fonte: Yahoo