Família Bolsonaro movimentou pelo menos R$ 1,5 milhão em dinheiro vivo; confira as transações

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(EVARISTO SA/AFP via Getty Images)

A família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já movimentou pelo menos R$ 1,5 milhão em dinheiro vivo. O levantamento de casos publicamente conhecidos, feito pela revista Época e publicado nesta terça-feira (11), conta com gastos dos filhos, ex-mulheres e de uma nora do presidente.

Rogéria Bolsonaro, primeira mulher do presidente e mãe de Flávio, Carlos e Eduardo, comprou um apartamento por R$ 95 mil, no bairro de Vila Isabel, zona norte do Rio, em dinheiro vivo, em 1996. Na época, Rogéria ainda era casada com Bolsonaro.

A advogada Ana Cristina Siqueira Valle, segunda ex-mulher de Jair Bolsonaro, comprou 14 apartamentos, casas e terrenos quando casada com o capitão. Se somados, são avaliados em cerca de R$ 3 milhões na data da separação, em 2007.

Cinco desses 14 imóveis foram pagos em dinheiro vivo, em negociações separadas ocorridas entre 2000 e 2006, que somam R$ 243.300, em valores da época.

Filhos Bolsonaro

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho mais velho do presidente, aparece na lista com seis movimentações de dinheiro em espécie. Em 2008, ele comprou salas comerciais na Barra da Tijuca, bairro nobre do Rio de Janeiro, por R$ 87,7 mil. A transação foi feita via depósito, com dinheiro vivo.

Ele e sua esposa Fernanda Bolsonaro, compraram dois imóveis em Copacabana, também no Rio de Janeiro, por R$ 638,4 mil. O ano era 2012. Segundo o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), a compra foi feita com dinheiro vivo.

Ainda segundo o MP-RJ, em 2014, Flávio pagou R$ 30 mil, em depósitos fracionados de R$ 3 mil, para adquirir móveis que estavam em um apartamento que ele comprou na Barra da Tijuca. Em 2017, foram depositados R$ 96 mil nas contas do hoje senador, fracionados em diversos depósitos de R$ 2 mil.

Foram pagos com dinheiro vivo 53 boletos da escola dos filhos de Flávio e Fernanda entre 2014 e 2018. Eles somam R$ 153,2 mil. Além disso, foi paga a mensalidade do plano de saúde da família do senador, num total de 63 boletos pagos em dinheiro entre 2013 e 2014, somando R$ 108,4 mil.

Em 2011, sua esposa recebeu depósito de Fabrício Queiroz de R$ 25 mil em dinheiro vivo. Fernanda também recebeu R$ 12 mil em espécie, mas o pagador se manteve sob sigilo.

Os irmãos Flávio e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) pagaram, em 2009, R$ 31 mil em dinheiro vivo para cobrir prejuízos que tiveram em investimentos feitos na Bolsa por meio de uma corretora de valores.

Segundo o MP-RJ, o valor pode ser maior ainda. O órgão suspeita que Flávio teria lavado até R$ 1,6 milhão por meio de sua loja de chocolates.

Fonte: Yahoo