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O presidente Jair Bolsonaro tira foto com simpatizante durante saída no Distrito Federal Adriano Machado/Reuters

O presidente Jair Bolsonaro saiu às ruas do Distrito Federal pelo segundo dia consecutivo nesta sexta-feira, 10, para ir a uma drogaria logo depois de ter deixado o Hospital das Forças Armadas. Questionado sobre o que teria ido fazer no hospital, ironizou dizendo “fui tomar sorvete” e “fui fazer teste de gravidez”. O compromisso não estava na agenda oficial.

Em seguida, foi à casa do filho Jair Renan, que faz aniversário nesta sexta-feira. Questionado sobre a saída às ruas pelo segundo dia consecutivo, em meio à pandemia do coronavírus, respondeu: “Tenho direito constitucional de ir e vir. Ninguém vai tolher esse meu direito”. No trajeto, voltou a ser alvo de protestos de alguns moradores, inclusive com panelaços – também recebeu apoios. Na quinta-feira 9, seu passeio pela Ceilândia já havia rendido vaias e gritos de “fora, Bolsonaro” e “vai para casa”, o que acendeu uma luz amarela na estratégia do presidente de confrontar uma recomendação básica das autoridades de saúde, inclusive do seu ministério, no combate à Covid-19: evitar aglomerações.

O Distrito Federal é o sétimo estado com mais ocorrências, em números absolutos, de coronavírus – são 527 casos e treze mortes até quinta-feira 9.

Já é a quarta vez que o presidente sai às ruas de forma ostensiva durante a pandemia, mas só nessas duas últimas ele foi hostilizado. Na primeira ocasião, no dia 15 de março, ele se cercou apenas de simpatizantes ao cumprimentar e tirar selfies com participantes de uma manifestação em seu apoio. Na segunda vez, no dia 29 de março, ele circulou pelas ruas de Taquatinga e Ceilândia, onde cumprimentou ambulantes e apoiadores.

Fonte: Veja