Justiça paraguaia libera Ronaldinho Gaúcho para prisão domiciliar

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© Reprodução / Twitter

A decisão encerra o período de 30 dias que ficaram presos de maneira preventiva e em regime fechado.

Em 21 de março, Ronaldinho completou 40 anos.A situação dos brasileiros foi complicada também pela pandemia de coronavírus, o que fez com que a Justiça do Paraguai passasse a trabalhar em um ritmo bem mais lento. Isso adiou também o resultado da perícia dos telefones celulares de Ronaldinho e Assis, visto como fundamental pela defesa para provar que eles não tinham conhecimento da falsificação.

A defesa de Ronaldinho e Assis aponta o empresário brasileiro Wilmondes Sousa Lira como responsável por entregar a eles os passaportes falsificados. Lira também teve a prisão preventiva decretada. Duas mulheres, María Isabel Galloso e Esperanza Apolônia Caballero, donas das cédulas de identidade usadas para a adulteração, foram denunciadas e estão em prisão domiciliar.

A mulher de Wilmondes, Paula Lira, é amiga da empresária Dalia Lopez, acusada de ter pago pelos passaportes falsos. Ronaldinho e Assis viajaram ao Paraguai a convite do casal Lira e de Dalia para participar do projeto de uma ONG que transformaria ônibus para atender crianças carentes no Paraguai.

“Ronaldinho e seu irmão ingressaram no nosso país usando documentos de conteúdos falsos. Não dá para falar de inocência”, declarou a promotora. “Para Ronaldinho e seu irmão, essa [citar o envolvimento de Lira] é uma saída processual alternativa, porque os documentos que temos confirmam que esse outro brasileiro seria o responsável por entregar os documentos para eles”, disse à reportagem a promotora Alicia Sapriza.

Não é a primeira vez que o nome de Ronaldinho é ligado a problemas com seu passaporte. Em novembro de 2018, ele e Assis chegaram a ter seus documentos brasileiros apreendidos após condenação por um crime ambiental no Rio Grande do Sul.Ele fora condenado a pagar mais de R$ 8,5 milhões pela construção de um píer em área de proteção ambiental no lago Guaíba, na capital gaúcha. Como não cumpriu a sentença, teve o passaporte retido.

Em setembro do ano passado, um acordo com o Ministério Público do Rio Grande do Sul permitiu que ele recuperasse o documento. Os termos da negociação não foram publicados à época.

Pouco antes de fechar esse acordo, Ronaldinho havia sido nomeado embaixador do turismo brasileiro pela Embratur, instituto ligado ao Ministério do Turismo. A nomeação ocorrera mesmo sem o documento que permite viagens ao exterior.

Fonte: Noticias ao Minuto