Seleção enfrenta a Argentina no pré-olímpico por vaga em Tóquio-2020

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Reinier pode pintar na seleção de André Jardine Foto: Lucas Figueiredo/CBF

A seleção sub-23 entrará em campo neste domingo pela chance de defender o ouro conquistado há quatro anos, no Rio-2016. Em segundo no quadrangular final do pré-olímpico, o time de André Jardine encara a já classificada Argentina, às 22h30 (o Sportv transmite), sob risco de ficar fora dos Jogos de Tóquio-2020.

Depois de empatar com Uruguai e Colômbia nas primeiras rodadas desta fase, a seleção precisa de um triunfo sobre os hermanos para carimbar o passaporte. Caso o duelo entre uruguaios e colombianos (às 20h e também com transmissão do Sportv) termine sem vencedor, bastará um empate para o Brasil ir a Tóquio.

Embora tenha terminado a primeira fase do pré-olímpico com 100% de aproveitamento, a seleção caiu de produção no quadrangular final. Esse declínio, segundo o site Globoesporte.com, faz com que Jardine chegue à noite de hoje pressionado no cargo. Dirigentes da CBF e até jogadores têm questionado algumas decisões do treinador, entre elas as três mudanças no setor ofensivo entre uma fase e outra.

Os atletas também reclamam das substituições feitas pelo comandante, geralmente vistas como tardias. É preciso lembrar que Jardine fora inicialmente contratado para comandar apenas a seleção sub-20. Com a saída de Sylvinho para o Lyon, porém, ele acumulou a gestão da equipe sub-23. Na CBF, a certeza é que o trabalho de Jardine será reavaliado após a definição do torneio pré-olímpico.

Para o duelo desta noite, a seleção passará por novas mudanças no time titular, mas ao menos uma delas independe do treinador. É que o zagueiro Nino, do Fluminense, cumprirá suspensão após receber o segundo cartão amarelo no último jogo.

Dois jogadores disputam a lacuna ao lado de Bruno Fuchs, do Internacional: o athleticano Robson Bambu e o vascaíno Ricardo Graça.

— Estou muito triste por não poder participar dessa última partida, até porque tenho certeza de que vamos nos classificar, e eu não vou estar em campo com meus companheiros. Mas sei da força do grupo e estarei na torcida — disse Nino.

Outra ausência pode ser a do lateral-direito Dodô, do Shakhtar Donetsk. Titular contra a Colômbia, ele sentiu dores no tornozelo esquerdo e precisou ser substituído naquele duelo. Na sexta-feira, o jogador voltou a treinar com bola entre os reservas, mas precisou interromper a atividade em alguns momentos por conta de dores. Ele deverá ficar sob observação até o jogo.

Também é possível esperar trocas no setor ofensivo, como alertado pelo próprio técnico depois da última partida, contra o Uruguai. Nesse caso, os favoritos a pintar no time são Reinier (ex-Flamengo, hoje no Real Madrid) e Pepê (Grêmio). A dupla tem entrado bem ao longo do segundo tempo. Nesse contexto, passam a ficar ameaçados Pedrinho, do Corinthians, e Paulinho, ex-Vasco, que hoje atua pelo Bayer Leverkusen.

Caso consiga a vaga, a seleção brasileira será a 14ª confirmada nos Jogos. Além da Argentina, já estão garantidos Japão (anfitrião), Alemanha, Espanha, França e Romênia (Europa), Nova Zelândia (Oceania), África do Sul, Costa do Marfim e Egito (África), Arábia Saudita, Austrália e Coreia do Sul (Ásia).

As duas vagas restantes serão disputadas pelas seleções da Concacaf no pré-olímpico local, que acontecerá de 20 de março a 1 de abril, no México.

— Não creio que o nosso desempenho baixou. O nível dos adversários e o interesse das partidas eleva a ansiedade. Equipes como a nossa, que se propõem a jogar no ataque, precisam ser efetivas nos passes, estar com os nervos controlados. Quanto mais ansiedade, mais erros cometemos — alertou Jardine.

Fonte: Extra.globo